Desde que foi criado, em dezembro de 2016, o Grupo de Investigação da RBS sempre seguiu à risca suas crenças e compromissos. No ato de lançamento do GDI, reportagem afirmava que o jornalismo investigativo era essencial em uma democracia fortalecida. E que o compromisso do grupo seria unicamente o de ajudar a melhorar a vida dos cidadãos. 

Em seu sétimo ano e com mais de uma centena de investigações, o GDI mostra novamente a sua relevância para a sociedade ao mostrar que um grupo de médicos da central do Samu, que funciona em Porto Alegre e atende a chamadas de mais de 200 municípios do RS, chegavam atrasados e não cumpriam toda a carga horária, trabalhando menos do que deveriam, porém recebendo o salário integral.  

O Samu é um serviço consolidado no país, que presta serviços essenciais à população. O que a reportagem de Giovani Grizotti, da RBS TV, mostrou no programa Fantástico, da Rede Globo, e nos veículos da RBS foi a conduta de alguns servidores, e não de sua maioria. Porém, esse pequeno grupo deixou inúmeras pessoas desassistidas por não conseguirem entrar em contato com o serviço, levando famílias, muitas vezes, ao desespero. 

Ao fazer uma reportagem investigativa, portanto, o que se quer é trazer à tona o que não está certo. É tentar, neste caso, fazer com que o poder público corrija a irregularidade. A reação do governo do Estado, ao longo da semana, foi a de afastar o diretor da Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde e o coordenador do Samu. O Ministério Público também decidiu apurar a conduta dos médicos e se as autoridades também sabiam da irregularidade. 

– Meu critério para desenvolver uma reportagem é o interesse público. Para uma apuração valer a pena, ela precisa interessar ao maior número possível de pessoas. Considero que poucos temas são tão relevantes quanto este do Samu. E ao expô-lo a público, cumprimos o papel que nos é delegado pela sociedade: fiscalizar os atos do poder público. E assim contribuir para melhorar a vida da nossa gente – diz o repórter Giovani Grizotti. 

As reportagens podem ser acessadas em GZH.