Não se vai a lugar algum sem saber das próprias limitações. Por isso passei a semana insistindo numa convicção: quando a luta é para não cair, com a régua lá embaixo, se não der para ganhar, ao menos não perca. Mas o Grêmio não se preocupou com isso contra o Juventude, repetindo o Gre-Nal e derrotas para Criciúma e Galo.
Ao ataque, para dentro deles — mas quem marca? De que maneira? O Grêmio não sabe propor. Com dois centroavantes, deu ainda mais espaço. Defendeu sempre à distância. Fez 1 a 0 em um cochilo do Juventude e, a partir daí, foi dominado. Bastava ver o time da Serra trocando passes para saber que a virada viria.
A solução foi empilhar atacantes (quatro: Soteldo, Pavon, Arezo e Braithwaite) e meias (dois: Cristaldo e Monsalve, este de volante). Na zaga, Dodi e sua altura. O 2 a 2 — ponto milagroso — chegou nos acréscimos por total acaso, um gol contra aleatório, pura sorte.
O Grêmio não cairá, mas pelo jeito terá de ser assim: protegido pelo acaso.