Longe de mim dizer que a culpa é dele, mas o herói do Maracanã chama-se Fábio, goleiro do Fluminense de 43 anos, que pegou dois pênaltis e quase defendeu o de Monsalve. Na outra eliminação gremista, a da Copa do Brasil, o milagreiro também usava luvas. Hugo Souza brilhou. O mesmo jogador que classificou o time paulista na Sul-Americana, ao espalmar três vezes contra o Bragantino. E Marchesín?
Em nove cobranças, nas duas competições em que o Grêmio foi eliminado, nenhuma defesa. Não sai na foto. Na bola de Ganso que bate na trave, o argentino está lá do outro lado, quase fora do Maracanã.
Não precisa ser um Dida no auge, mas goleiro de clube grande tem de pegar algum pênalti, seja com 43, 25 ou 36 anos, caso de Marchesín.
Na temporada brasileira, só uma competição é de pontos corridos. As outras todas são Copas, e elas podem se decidir na marca da cal.
O Grêmio decidiu um Mundial assim, em 1995. O Brasil foi tetra muito graças à Taffarel e sua expertise para pular só um milésimo de segundo após o pé do cobrador beijar a bola.
Não é má vontade com Marchesín, um inimigo do pênalti. É só o tamanho do Grêmio.