A vitória de 3 a 1 sobre o Cuiabá mostrou algo que a crônica esportiva em geral, salvo uma ou outra perseguição de quem tenta adequar os fatos às suas opiniões, identificou lá atrás o grande problema do Grêmio. Bastou ter elenco para melhorar de vida.
Não será campeão, mesmo com os sete reforços trazidos na janela. Mas também não cairá. Talvez até brigue por vaga na Libertadores, se der sorte de o "G" da tabela se ampliar.
A direção entendeu isso e foi bem ao mercado. Monsalve e Braithwaite já decidiram dois jogos em que o Grêmio poupou titulares. Jemerson é o fiador do esquema com três zagueiros. Arezo ainda não desencantou, porém sofreu pênalti, ajudando em um terceiro triunfo dessa nova fase, sobre o Vitória.
Neste sábado (10), a noite em Cuiabá foi do homem que veio do frio. Sei que em Barcelona não é tão frio assim, e ele estava no Espanyol. Mas é só uma imagem literária. Braithwaite nasceu na Dinamarca, às margens do Mar Báltico. E lá, podem acreditar, faz muito frio. Então faz sentido a frieza dele dentro da área em todos os seus três gols.
Nem no gol contra ele não se abalou. Acontece. Nos dois a favor, oportunismo de centroavante e frieza para cabecear e seguir atento ao rebote para estufar a rede.
Pavon está com os dias contados. É óbvio que o ataque será formado pelo viking, Diego Costa e Soteldo. Monsalve é reserva à altura de Cristaldo, que antes não havia. Gustavinho entra quando Soteldo cansar, e ele cansa.
Elenco. O do Grêmio melhorou. O time está melhor do que antes. Renato tem opções que antes não tinha. Simples assim, para além do drama da enchente e da falta de fator local. A crônica esportiva gaúcha tinha razão sobre o Grêmio, ainda que não haja tanto mérito nisso, de tão óbvio.