Ainda na segunda página do Brasileirão, o Inter será decisivo na disputa do título. Dois dos confrontos da Copa Asterisco — agora restam quatro rodadas em atraso — são contra Fortaleza e Flamengo, no Beira-Rio. O líder Botafogo será colorado desde criancinha nessas rodadas, ainda sem data.
Não é o protagonismo sonhado em janeiro, quando trombetas de condenado ao êxito ecoaram do próprio Inter, entorpecido pelas estrelas que chegavam. Criou-se uma pressão tipo fogo amigo que poderia ser evitada. Essa conta está no colo de Roger Machado e Paulo Paixão. Caso este novo Inter consiga vencer Fortaleza e Flamengo, o moral cresce.
Roger encontrou uma equação ruim para resolver em pouco tempo: mudar o jeito de jogar, reequilibrando o time taticamente e, ao mesmo tempo, dar potência muscular a um elenco com o emocional em frangalhos.
Se Hércules, herói da mitologia grega conhecido pela força física (gota d’água para a demissão de Coudet), teve os seus 12 trabalhos, o técnico do Inter tem 20 pela frente. São 20 jogos em nome de um dezembro sem sofrimento.
Ganhar de novo em Goiânia, contra o Atlético-GO, ajudaria a mudar a narrativa. Aí seriam seis jogos de invencibilidade, e não mais o incômodo jejum de vitórias.