A Federação Inglesa denunciou Lucas Paquetá por envolvimento na máfia das apostas. Ele teria provocado cartões amarelos em quatro partidas, para beneficiar terceiros. O jogador se diz surpreso. Fala que colaborou nas investigações preliminares. Nega tudo. Ainda não é culpado. Tem o direito de presunção da inocência. Mas já não se trata de acusação bate-boca, mas de uma denúncia formal feita por uma federação centenária.
Se as suas explicações (o prazo é 3 de junho) não forem muito convincentes, Paquetá não pode mais jogar a Copa América nos Estados Unidos. Tem de ser desconvocado.
Nos amistosos contra Inglaterra e Espanha, sob o comando de Dorival Jr., ele foi o melhor. Um meia completo, de passe longo e curto, marcação sem a bola e presença na área. Sua fase no West Ham é boa. Só que Seleção Brasileira é assunto sério. É um símbolo nacional.
Antes do jogador, por melhor que ele seja, tem de vir o cidadão. Desconvocá-lo serviria de mensagem profilática, sobretudo para os jovens. Esse tema — máfia das apostas — é vida ou morte. Diz respeito à credibilidade do futebol e ao mundo que queremos. Não pode ser normalizado como algo menor.