Assim como Grêmio e Inter podem dar exemplo nível capa do New York Times, o estrago seria incalculável no sentido inverso. Se não entrarem em consenso para os dois clássicos do Brasileirão, mirando a isonomia do mando de campo, aí é o fim. O discurso — correto — sempre foi o de parar o campeonato em nome de ganhar tempo para a reconstrução e reduzir a isonomia perdida com Beira-Rio e Arena inundados. A opinião pública abraçou a ideia de Norte a Sul.
Jogadores enfrentaram dirigentes em nome da suspensão por duas rodadas, ao menos. O Bahia era contra, mas Rogério Ceni fincou pé e o clube veio junto. No Fluminense, Marcelo, Felipe Melo. Imagine a incoerência se Inter e Grêmio não se acertarem após cobrarem tanto dos outros. Rodolfo Landim, do Flamengo, que votou contra, diria:
— Não falei? Nem eles se acertam.
A campanha do roxo viraria meme.
Há alternativas de sobra para manter a isonomia pleiteada como base do discurso desde o início da crise: um no Alfredo Jaconi, outro no Centenário.
Gosto da ideia do Gre-Nal do turno, 23 de junho, no Rio. Domingo, 16h, transmissão da Globo. O do returno, se o Beira-Rio já estiver disponível, com torcida meio a meio. Que se debata com a BM essa viabilidade. O que não pode é briguinha nessa hora. Seria um vexame.