Quando me pediram este texto sobre o Dia das Crianças, enquanto decidia o que escrever, desenhou-se um roteiro de pânico, que evoluiu para descoberta e, por fim, besuntou-se docemente com o bálsamo da tranquilidade. Dei-me conta que minhas lembranças foram editadas. Eu mesmo as editei. Aos quase 55 anos, o esquecimento começa a te espreitar para o bote final, lá adiante. Eis o susto do pânico. Restam aquelas imagens inesquecíveis, que tomam conta de você eternamente, como se elas tivessem acontecido agora, por motivos que só os caminhos da mente, com doses salvadoras de psicanálise, podem explicar. É a revelação da descoberta. Deixo o motivo do terceiro e último sentimento que me assaltou antes de preencher a tela branca do computador para o final. Vivemos na era dos seriados e streamings, então não custa criar certa tensão e solucioná-la no mesmo capítulo.
Memórias
Notícia
Diogo Olivier: "Do pânico à calmaria"
Para comemorar o Dia das Crianças, em 12 de outubro, GZH convidou colunistas e comunicadores para escrever sobre a sua infância
Diogo Olivier
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