A entrevista de Renato a GZH deixa bem claro que o nó da venda de Bitello é rolo de empresário(s). Bitello tem contrato assinado com um até o fim do ano, mas o novo — que é o mesmo de Pedro Geromel, um dos líderes mais influentes do elenco — já lhe pagou uma quantia polpuda à vista para representá-lo.
Na prática, há dois empresários em ação de olho na comissão de um negócio envolvendo 10 milhões de euros, no caso do Dinamo Moscou. O empresário novo (Maickel Portela) trouxe a proposta do Feyenoord, rejeitada pelo Grêmio, mas quer negociar a parte do jogador. Pagou por isso, inclusive.
O antigo (atual no papel) trouxe a oferta russa, mais próximo ao desejo do Grêmio, ávido por colocar a mão numa bolada para aliviar o déficit semestral de R$ 96 milhões. Que rolo. Adriel e Bitello são casos diferentes, eu sei, mas lá e cá há um ponto em comum: a dança dos empresários.
É a segunda vez que Renato deixa o recado. Eis aí uma realidade que complica a administração do dia a dia e, não raro, deixar o clube refém. Não vejo como mudá-la. O futebol caminhou para isso.
A estatística que desafia o Grêmio contra o Bragantino
É duro ganhar de Botafogo, Palmeiras, Flamengo e Grêmio quando estão na condição de mandante.
O quarteto que ainda sonha com título — ao menos na matemática — só perdeu uma vez cada em seus domínios. O problema tricolor é que também o Bragantino entra nessa forte estatística, mesmo sem grife.
No antigo Estádio Marcelo Stéfani, hoje chamado de Nabi Abi Chedid, por onde o Grêmio retorna das datas Fifa na quinta-feira (15), o Bragantino só perdeu para o Cruzeiro. Como apenas a vitória interessa ao time de Renato para ainda sonhar com título, eis o tamanho do que o time de Renato terá de fazer em Bragança Paulista.
Uma pequena façanha, eu diria.