Pelo contexto de jogar com a um a mais durante todo o segundo tempo, dava para ter vencido e matado o confronto. Pode ficar aquele gosto de que o cavalo passou encilhado, mas é semifinal de Libertadores, Maracanã lotado, adversário de qualidade e um atacante com faro de gol absurdo: Cano. Então, apesar de virar para 2 a 1 e ceder o empate no velho problema da bola aérea, o Inter não pode se lamentar. Passou incólume pelo caldeirão. Onze contra 11, criou várias chances de marcar. Agora será o Flu a enfrentar as Ruas de Fogo e o Beira-Rio.
Foi um jogaço, aberto e corajoso, de alto nível. O Fluminense veio com um volante apenas, André. Ao seu lado, Ganso. Daí para frente, só atacantes. Ficou lá é cá. O Fluminense, apesar do volume, fez o gol num cochilo de Renê, pressionando a saída de bola. Antes, Rochet tinha salvado. O Inter dava o troco no contra-ataque, mas nunca marcando lá atrás e sempre perigoso. Fábio operou milagres em chutes de Enner. Mallo foi bem no lugar de Bustos. Segurou Keno. Até empatou, com gol de cabeça.
No intervalo, a partir da expulsão de Samuel Xavier, Diniz se fechou, tirando Ganso e Kennedy, em nome de Alexander e o zagueiro Marlon. Na lateral, Guga, repondo Samuel. Saiu Felipe Melo. Com um a mais, o Inter teve a bola e chances, com direito a gol anulado pelo VAR de Mercado por puro azar: a bola resvalou na sua mão após um ótimo cabeceio. Ali, o 3 a 1 poderia ficar 4 ou 5. Mas não foi assim. Coudet fez trocas arriscadas.
Trocou Alan Patrick (após um golaço) e Mauricio por Lucca e Dalbert. Inverteu o lado de Wanderson, tentando reforçar o lado esquerdo com Dalbert e mantendo Renê. Pensou em matar o jogo no contra-ataque, mas não funcionou. Alan Patrick era o melhor em campo. O Inter piorou. O Flu cresceu, mas empatou só no talento de Cano, outra vez na bola aérea.
Bem, o objetivo não era voltar vivo ao Beira-Rio? Pois o Inter voltou. E muito vivo.