Foi o chamado vareio, numa linguagem gauchesca. O Flamengo colocou o Grêmio no bolso o tempo todo. Fez 2 a 0, perdeu um pênalti e outros gols incríveis que matariam o confronto com goleada. Do ponto de vista tático, o segredo foi Gabigol.
Ele recuava atrás dos volantes, mesmo sendo último atacante, gerando vantagem numérica no meio. Atrapalhados, os zagueiros azuis ficaram sem ter a quem marcar.
Falharam nas perseguições. A bola sempre foi do Flamengo, sobretudo após a expulsão de Kannemann, consequência desse cenário.
Chegando atrasado em todas, ele foi acumulando faltas. A partir de sua expulsão, o Grêmio virou presa fácil no segundo tempo. Virou roda de bobinho. Não ter tomado mais foi milagre.
Suárez parecia um fantasma. Não jogou nada. Reclamou muito para fazer média com a torcida, mas o Grêmio jogou com um a menos. Dois: Cristaldo não marca nem consulta no dentista.
A maneira como o Grêmio se entregou em casa me assustou. O Flamengo ganhou caminhando. Epopéias acontecem, e o Gremio precisará de uma no Maracanã para ir à final.