O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, atento ouvinte do Sala de Redação, mandou-me a notícia. Sim, está aberta a possibilidade de o Gauchão 2024 ter VAR em todos os jogos, e não só nos Gre-Nais. Ele já está em contato com empresas que lidam com essa tecnologia "para chegar a um valor adequado".
O exemplo de Minas Gerais, que já adota o vídeo em todas as rodadas, também está sendo examinado, por guardar similaridade com a realidade da Província de São Pedro. Não dá para comparar RS e São Paulo. Lá sobra dinheiro. O Interior paulista tem regiões de economia fortíssima. O custo do VAR por jogo é de R$ 27 mil. Multiplicando pelas 72 partidas do Gauchão, dá R$ 1,9 milhão.
O problema maior, entretanto, não é o custo em si. Com boa negociação, e Hocsman é um bom negociado, habilidoso na arte dos recuos e avanços, pode ser diluído entre os patrocinadores. A questão mais complexa são as chamadas estruturas de homologação. Sem elas, nada feito. Em português claro: há estádios do Interior sem capacidade para receber o equipamento.
Para evitar desequilíbrio técnico, seria necessário capacitar todas as praças. Ou tem VAR em todos os estádios da Série A ou não tem em nenhum.
— Esse é primeiro passo: o custo vem depois — explicou-me Hocsman.
Faz bem o presidente da FGF, atento em tentar melhorar o que é possível no Gauchão a cada ano. Não será diferente na questão dos gramados.