Um Grêmio dominado do início ao fim, com buracos no meio apesar de Lucas, Villasanti e Bitello, capaz de permitir a um zagueiro do Criciúma avançar metros e metros sem ser importunado até o chute, a avenida Edílson com tráfego intenso (avisei antes), zero chute na casinha (14 a 2 em finalizações) e Brenno operando milagres. Teve até olé catarinense.
Foi assustador não pela derrota em si, por 2 a 0, a terceira em quatro jogos, mas pelo nível baixíssimo. O jogo foi um dos piores em mais de 100 anos de Grêmio, que levou um baile de um time de meio de tabela da Série B. Para piorar, o Londrina venceu e a distância para o quinto colocado, que já foi de 10 pontos, agora é de três.
As mexidas de Roger Machado, trocando volantes por atacantes, de novo desordenaram mais do que já estava, empilhando Diego Souza/Elkeson. Ele parece perdido, mesmo que não seja mágico tendo de escalar tantos medíocres. A vida do Criciúma ficou mais fácil pela ação do técnico. Parecia repeteco do Ituano após o intervalo.
É o pior Grêmio nesta Série B, que parece estar se desintegrando depois da aparente estabilidade mínima para subir sem dor.
Cá entre nós, aviso não faltou. No Sala de Redação, repeti algumas vezes. Na ponta-esquerda, um atacante médio e sem ritmo, oriundo de um time que quase caiu nos Emirados Árabes. Na lateral direita, um jogador que foi gigante, mas envelheceu e mal consegue correr, que é Edílson. Todos sabiam disso, menos o Grêmio. Janderson erra em todas as decisões que toma há meses.
Diego Souza, acima do peso, claro, depende que a bola chegue. Como vai chegar com a limitados Janderson e Guilherme? E Campaz? Qual a posição de Campaz? Thaciano não tinha sido ressuscitado porque, na Série B, iria ajeitar o meio-campo, agora mais experiente, na régua Série B? Só entrou no final. Nem foi a primeira alteração. São muitas escolhas erradas para “reforçar” o time.
O problema do Grêmio não é Roger. É mais complexo. Por isso sangra tanto e virou um moedor de técnicos.