Rodrigues, 24 anos, 1m88cm, só foi vendido para o San Jose Earthquakes (EUA) por que já tinha sido ultrapassado na hierarquia dos zagueiros do Grêmio por Natã, 21, que jogou o Gauchão emprestado pelo Aimoré, onde era capitão.
Natã é muito mais técnico. Tem 1m80cm, estatura em tese baixa para a posição, mas compensa com boa impulsão. Foi o que me disse o técnico Rafael Lacerda, hoje fazendo uma campanha fantástica na Série D no comando do Amazonas.
Lacerda treinou Natã no Aimoré. Campeão da Recopa Gaúcha, contra o Glória, o jovem zagueiro já vem ficando no banco com Roger Machado. Este, aliás, já tinha lhe comunicado de seu crescimento interno.
ELIAS 1 – Quanto a Rodrigues, bom negócio para a vida do Grêmio. Ele teve chances de sobra e nunca se afirmou. A fila tem de andar na régua alta de um grande clube, de preferência abrindo espaço para a base no elenco, sobretudo entre os reservas, em um primeiro momento.
Quanto a Elias, penso que se repete o episódio Leo Chú, vendido para o Seattle Sounders. Será que ele é pior do que Janderson e Biel, dois reforços que custaram algum dinheiro em ano de receitas baixas na Série B? Ficou marcado por ter perdidos gols claros. Pedro Rocha e até Everton, antes de se tornarem goleadores, passaram longas fases de jejum.
ELIAS 2 – Pedro Rocha e, depois, Cebolinha eram acusados de não saber como proceder na cara do goleiro. Lembro de muitas transmissões nas quais eu mesmo dizia, sobre Pedro Rocha, que cumpria função tática pela esquerda: de nada adiantará a disciplina para ajudar a defender se não fizer a parte essencial de um atacante: gols.
Everton estreou aos 17 anos, no Gauchão, mas só foi explodir de fato aos 22. Antes, até reserva de Fernandinho foi, diante das incertezas sobre seu futebol. Para Elias, ótimo. Vai morar numa cidade espetacular e jogar com a camisa do New York City, onde aprenderá inglês e ganhará aumento, de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Nada mal.