A vitória do Inter como se deu, com dois gols nos acréscimos sobre o Bragantino, tem de servir de aprendizado para o técnico Mano Menezes. Nunca mais escalar dois volantes de características tão parecidas, ou com tênues diferenças, como Gabriel e Rodrigo Dourado.
Após um primeiro tempo em que levou duas bolas na traves e obrigou Daniel a operar milagres, mudou da água para o vinho a partir da entrada de De Pena, sacado do time em nome de apenas conter os paulistas. A certa altura, eram oito finalizações do Bragantino e nenhuma do Inter.
Com linhas baixas, sem marcar alto e dando espaço para o Bragantino, a estratégia reativa esbarrava nos erros de passe na hora de conectar o contra-ataque. Dourado e Gabriel erraram muitos passes e sempre atrasaram a transição. Não fosse Alan Patrick, ficaria praticamente dentro da própria área.
Então, no segundo tempo, Mano mexeu: o guerreiro Alemão no lugar do apático David. De Pena, que não pode mais sair do time, essa é a lição, no lugar de um volante, no caso Dourado. Foi uma transfiguração. Quase revolução.
O Inter passou a agredir. Acelerar. Acertar o passe para a frente. Buscar a metida entre linhas. Os dois gols, após um primeiro tempo em que merecia perder, fizeram do Inter um vencedor absolutamente justo. Pontos essenciais após uma semana tensa.
E uma bela lição. Se não estiver bem com De Pena, pior sem ele.