Voltar do Paraguai eliminado na primeira fase de Copa Sul-Americana seria um fracasso institucional. Não haveria culpa de Mano Menezes, que chegou faz pouco e ainda lida com a herança ruim de seu antecessor, Alexander Medina.
O empate, assim, não foi de todo ruim. O gol do Guaireña nasce de um pênalti absurdo, erro medonho da arbitragem. O goleiro paraguaio operou milagres. Escobar foi eleito por unanimidade o melhor em campo pela equipe da Rádio Gaúcha. Ou seja, no jogo em si, o Inter foi melhor. Mas é pouco. Pelo adversário, é pouco.
Passou quase todo o segundo tempo com um jogador a mais, a partir da expulsão de Giménez. A imprecisão do Inter na hora de fazer o gol foi idêntica a do empate com o Avaí. Há alguns anos é assim. Não é de hoje. Poucos atacantes de verdade, que gelam dentro da área. Na hora do protagonismo, quem brilha? Ninguém.
O Inter parece uma equipe de coadjuvantes, sem o ator principal. Wanderson foi importante. Fez o gol. Saiu por cansaço. Drible, velocidade, verticalidade: não se faz futebol sem essas três virtudes.
Dourado no lugar de Gabriel, na segunda etapa, melhorou muito o passe. Ele pisou na área. Deu mais dinâmica. Quase desempatou. Gabriel vem travando a posse de bola com erros de passe e faltas.
O Inter martelou, mas faltou lucidez. Com dois jogos em casa, penso que se classificará. Só não é líder do grupo por um gol.