Sem dúvida, o técnico do Grêmio é o grande personagem deste quarto penta na história tricolor. E ele que toma a decisão de escalar Bitello, um volante magrinho e leve, último da fila antes de sua chegada. Provou, com Bitello, que não precisa ser grande e fortão pare marcar bem.
Thiago Santos veio pelo diagnóstico de fechar a casinha, mas o Grêmio caiu com ele. Com Bitello se defendeu melhor. Outra decisão acertada de Roger foi a humildade de dar um passo atrás.
Sem peças para propor e criar como ele prefere, fechou-se no 4-1-4-1, ensinando Campaz e Elias a serem extremas que ajudam a marcar sem a bola com incrível disciplina tática. O título veio com duas vitórias sobre o Ypiranga. A deste sábado, por 2 a 1, muita parecida ao 1 a 0 de Erechim. Menos posse de bola, mais finalizações e chances claras de gol: 40% a 60%, 12 a 7.
Um título justo, vencido na correção de rumo de Roger, que soube ler o que deu errado naquele Gre-Nal em que foi envolvido pelo Inter. Agora é dar o segundo passo: na Série B, em casa especialmente, terá de atacar e propor. Gabriel Silva pode ser a peça chave para a transição deste modelo emergencial e pragmático para outro, mais próximo ao ideal de Roger, o personagem deste penta.