O empate por 1 a 1 do Grêmio com o Novo Hamburgo deixou escancarada uma verdade. É falso achar que Thiago Santos protege a defesa. Ele a desprotege quando erra passes fáceis e devolve a bola para o adversário. Ou quando demora a girar a linha de passe, tornando a saída paquidérmica.
Na derrota para o Mirassol, ele estava em campo. O Grêmio tomou três. No Vale, com o aclamado protetor da zaga, o Noia fez gol e chutou duas bolas na trave dentro da área. O empate veio justamente após a entrada dos jogadores mais leves, como Bitello e Gabriel Silva, autor do empate com gol de cabeça.
É aquela ideia de caixinha, velha e antiga: feche a casinha com muitos volantes defensivos para primeiro não perder e depois ganhar. Thiago Santos é a prova. Quando ele entra, o time fica mais fraco para defender, sobretudo a partir de seus erros de passe, pegando o time saindo e o adversário de frente. O próprio Villasanti tem alguma dificuldade de ser aquele volante de chegada firme na frente.
Eis a lição: volantes mais pesados e posicionados nem sempre protegem bem. O Grêmio de Thiago Santos é a prova. Com Thiago Silva e Lucas Silva, o Grêmio caiu, vale lembrar. Villasanti de primeiro volante, mais Bitello e Gabriel Silva como meias não é uma formação menos protegida do que o Grêmio de Thiago Santos.