O Conselho Deliberativo do Grêmio autorizou um aumento nos gastos de 2021, além de votar o orçamento para a disputa do ano de Série B.
A suplementação será de R$ 148 milhões. O custo previsto para 2021 era de R$ 340 milhões, mas as despesas explodiram: R$ 488 milhões.
Somente o futebol gastou R$ 370 milhões (previsão era de R$ 230 milhões). Mesmo assim, com esse dinheiro farto jorrando, o Grêmio caiu.
Foi um fracasso desportivo rotundo. O maior em 118 anos. Faltou ao Grêmio enxergar os próprios erros.
Mas quais?
Não importam os erros em si, para além dos reforços que não deram certo, do vestiário terceirizado e da troca frenética de técnicos. Se houvesse mais massa crítica interna, no sentido de não estarem todos alinhados e concordando sempre, talvez fosse diferente. Já mencionei, mas vou repetir.
No primeiro rebaixamento, em 1991, o presidente Rafael Bandeira dos Santos se elegeu por aclamação. No segundo, repetiu-se com Flávio Obino. Agora, na terceira vez, o Grêmio cai com Romildo Bolzan aclamado. Não terá faltado alguém para contrariar?
União é diferente de pensamento único. Se um clube muito dividido e fracionado em correntes políticas é ruim porque desvia o foco e tumultua o ambiente, o oposto também é perigoso. A prudência recomenda que o Grêmio nunca mais aclame ninguém. Parece maldição.