É simples. Se quem vem do Reino Unido tem de fazer quarentena para entrar no Brasil, não pode cruzar a fronteira. Pior ainda se mentir de onde vem para tentar driblar a lei, como fizeram os quatro jogadores argentinos. A Seleção Brasileira perdeu titulares por esse motivo, diante do bloqueio dos clubes ingleses.
Não interessa se tem acordo da Conmebol com suas entidades filiadas. Quem manda na saúde de um país é o seu governo. Do contrário, é o caos. A suspeitíssima Federação Argentina (AFA) sabe muito bem disso. Futebol não é mundo à parte.
Foi parecido com a suspensão do técnico Marcelo Gallardo antes daquele segundo jogo da semifinal de Libertadores contra o Grêmio, na Arena. O River Plate veio com ele na marra para Porto Alegre, naquela ideia do "quero ver se vão me tirar daqui" e apostando no fato consumado.
No jargão do futebol: os cartolas argentino se fizeram de loucos e tentaram dar um migué. Só que dessa vez deu ruim. Fez bem a Anvisa. O episódio explica porque o futebol argentino ficou sem ganhar nem canastra por 28 anos, sendo salva pela Copa América 2020.