A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota no começo da tarde deste domingo (5) orientando as autoridades em saúde locais a determinarem a imediata quarentena de jogadores que estão impedidos de participar de qualquer atividade e a deportação de quatro jogadores da Argentina, que enfrenta o Brasil pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. Segundo a agência, Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Lo Celso mentiram em suas declarações de entrada de viajantes em solo brasileiro.
Segundo a ESPN, no entanto, um acordo entre o governo federal e as confederações de Brasil e Argentina, com base em um acerto prévio com a Conmebol, permitirá a presença dos quatro jogadores em campo.
Os jogadores teriam dito que não estiveram no Reino Unido nos últimos 14 dias e, assim, descumprido a Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual prevê que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia estão impedidos de ingressar no Brasil. Todos atuam na Inglaterra.
"A Anvisa considera a situação risco sanitário grave, e por isso orientou às autoridades em saúde locais a determinarem a imediata quarentena dos jogadores, que estão impedidos de participar de qualquer atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro, nos termos do art. 11, da Lei Federal nº 6437/77", diz trecho da nota publicado no site da Anvisa.
A nota da agência também informa que a Polícia Federal foi comunicada sobre a entrada dos jogadores com declarações falsas "a fim de que as providências no âmbito da autoridade policial sejam adotadas imediatamente."
Segundo o jornal argentino Olé, a Polícia Federal esteve no hotel da seleção argentina neste domingo, mas a Conmebol pressionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que os quatro pudessem jogar, e os argentinos devem estar em campo na Arena Corinthians na tarde deste domingo.
