Mérito de Felipão. Ele até ameaçou entrar com Matheus Sarará, um volante de marcação, na entrevista pós-vitória sobre o Cuiabá, ao saber da perda de Maicon por lesão. Mas não. Em vez de fechar ainda mais a casinha contra um time que obviamente viria para jogar atrás na Arena, mergulhado numa crise enorme, sem ganhar há seis partidas (sete agora), ele "se abriu".
Optou por trazer Douglas Costa para o meio e dar chance a Léo Pereira na direita, deixando Lucas Silva e Villasanti como volantes. Mas sem três volantes, sendo dois estritamente de marcação.
Assim, escalado com mais equilíbrio, ganhou do Bahia por 2 a 0 em uma das partidas que menos sofreu recentemente. Longe de ser uma atuação ótima, claro, tanto atrás quanto na frente. Mas foi melhor do que vinha sendo.
Léo Pereira até não foi bem tecnicamente, mas sempre esteve ali, abrindo o lado e empurrando o Bahia para trás. Nem criou tantas oportunidades assim, mas rodou bola e buscou o gol. Quando a perdia, logo retomava. Ou seja: os quatro atacante, mesmo que um deles em função de meia (Douglas), o Grêmio encaminhou sua segunda vitória seguida.
Nem depois de abrir o placar, de novo com Borja, Felipão se fechou feito ostra. Fernando Henrique ingressou na vaga de Alisson somente quase a 40 minutos do segundo tempo, aí sim para se proteger mais. Um alívio e tanto.
Agora, ficou mais perto de sair do Z-4, objetivo inicial de Felipão. Duro será manter-se fora da zona, com o nível de atuação que vem apresentando. Aí sim, terá de melhorar. Os adversários nem sempre serão times fracos, que lutam para não cair.
Enfim: casinha mais aberta na escalação, vitória mais tranquila do que contra o Cuiabá.