Só tem o seguinte: calma. O Grêmio jogou fechadinho e o resultado veio na altitude de Quito, mas a defesa vazou. Como no Gre-Nal, o goleiro Chapecó brilhou com defesas salvadoras.
É preciso saudar a vitória que não vinha há nove jogos, mas nem por isso devemos acreditar em mágica. Teve bola rente ao poste e até Chapecó ganhando tempo no chão. Um pouco mais de perícia do ataque da LDU, eliminada na primeira fase da Libertadores, e a história teria sido diferente. Não foi muito diferente no empate sem gols no Gre-Nal.
Isso significa que o sistema defensivo não funcionou perfeitamente, bastando repeti-lo que a fuga do Z-4 é questão de tempo. Felipão terá de, no mínimo, organizar melhor o contra-ataque, mesmo sem Ferreira, para não matar gremistas cardíacos do coração apenas se segurando lá atrás.
Com dois jogos e praticamente nenhum treino, Felipão está fazendo o possível, e muito bem. Falo para o futuro imediato: a necessidade de somar pontos no Brasileirão, já contra o Fluminense de Roger Machado, no Maracanã, neste sábado (17).
Outra questão é que, na Arena, seus adversários na luta contra o rebaixamento se fecharão em casulos herméticos. E aí, como propor sem dar espaço para o inimigo, sob pena de um 0 a 0 que não adiantará? O jogo apenas de reação não funcionará. O Grêmio estará preparado para atacar?
Questões para Felipão resolver. Tem sido comum os mandantes se atrapalharem contra defesas fechadas de times pequenos. O Flamengo suou sangue para vencer a Chape no Rio, por exemplo. E a Chape é inimiga do Grêmio na luta para não cair.