A agrônoma Maristela Kuhn, especialista em gramados de futebol, com larga experiência mundo afora, fez a vistoria dos estádios do Gauchão antes de a bola rolar. Claro que ela também apresentou um projeto de manutenção (adubação, descompactação, corte, irrigação) ao custo total de R$ 15 mil.
A FGF sugeriu aos clubes que descontassem o valor das cotas de TV, para não haver desembolso. Poucos toparam e preferiram cuidar da grama por conta — e risco. Alegaram que não tinham como abrir mão de nenhum centavo.
Fosse em tempos normais, o presidente Luciano Hocsman certamente condicionaria a participação na Série A à adesão ao projeto da Maristela. Diante da brutal queda de receitas gerada pela pandemia, seria insensibilidade.
Eis a explicação para o péssimo estado de alguns gramados do Interior. Parece-me compreensível, ao menos este ano.