No primeiro turno, aquele 2 a 2 no Beira-Rio incensado como o melhor jogo do campeonato, o Inter não quis exercer a cláusula do empréstimo de Rodinei que prevê pagamento de R$ 1 milhão ao Flamengo. Heitor, então titular, jogou em seu lugar. E bem. Foi destaque. Agora é outro momento, claro. Rodinei melhorou com Abel.
É mais experiente e o técnico não quer, já tendo de escalar uma zaga reserva muito jovem, acrescentar mais um da base, embora Heitor já tenha sido suficientemente testado. Abel Braga tem crédito para escolher e ter sua opinião levada em conta pelos dirigentes, diante do trabalho incrível que vem fazendo.
Abel entende que, já sem a zaga titular, perder a experiência de Rodinei seria demais para a defesa, além de mexer demais no setor. Se o Inter for campeão, abocanhará R$ 33 milhões de prêmio da CBF. Se for vice, R$ 31 milhões. Neste cenário, vamos combinar, R$ 1 milhão não faz tanta diferença. Enfim: pagar ou não pagar não é uma drama.
Trago esta questão – Heitor jogou e foi bem no primeiro turno contra o Flamengo – apenas para mostrar que não seria absurdo economizar a quantia em nome de uma aposta da base com boa rodagem. Mais: no 2 a 2, também Cuesta estava fora, como será domingo. Zé Gabriel atuou ao lado de Rodrigo Moledo.
O Flamengo faz menos mistério do que o Inter. Arrascaeta e Gabigol, substituídos por lesão durante a vitória sobre o Corinthians, treinaram normalmente ontem. O resto do time é o mesmo.
Diego faz a saída de bola, atrás de Gérson. Everton Ribeiro e Arrascaeta partem do lado, mas vem buscar por dentro, abrindo espaço para o dueto dos laterais Isla e Filipe Luís, com Gabigol e Bruno Henrique, que flutuam no ataque. O Inter vai para o Rio com três laterais-direitos: Rodinei, Heitor e Lucas Mazetti. Não há pistas de quem será o parceiro de Lucas Ribeiro, se Zé Gabriel, Pedro Henrique ou até Rodrigo Lindoso. E a presença de Galhardo, após o belo gol no Vasco, não pode ser descartada.