O Grêmio entrou com Thaciano, e não Ferreira. Assim, o São Paulo perdeu duas chances incríveis. Bastou entrar Ferreira no lugar de Thaciano e pronto: jogada dele, gol de Diego Souza, 1 a 0.
De resto, não foi um jogo, mas uma guerra. Não no sentido bélico, mas no de cada centímetro de espaço palmilhado por divididas. Grêmio e São Paulo se marcaram. Renato surpreendeu: o meia Thaciano no lugar do atacante Ferreira, para marcar o lateral Reinaldo, que é quase ponteiro, e dar uma força no combate à Gabriel Sara.
Todo o Grêmio foi mais operário. Jean Pyerre mordeu como nunca. Nem parecia o time apático da Vila, inclusive nas discussões. O árbitro Marcelo de Lima Henrique sofreu para administrar. Todo lance era uma reclamação. O primeiro tempo acabou com um gol bem anulado do Grêmio em bola aérea. E um chute fraco de Sara. De resto, só guerra. Parecia futebol americano, de tanto choque e falta. O São Paulo arriscou mais. O Grêmio foi pragmático.
O São Paulo perdeu uma chance incrível em triangulação na volta do intervalo, com Brenner, já sem goleiro. Em seguida, Luciano errou outra. O Grêmio perdia o tônus na marcação diante dos toques rápidos do São Paulo, que voltou para o segundo tempo a mil. Renato pôs Ferreira e Lucas Silva para recuperar o fôlego. Deu certo. O gol do Grêmio veio de imediato, quando o São Paulo (70% de posse de bola) pressionava. Aí o Grêmio abriu mão de jogar e só esperou o contra-ataque, o que de certa forma aconteceu o jogo todo.
O Grêmio voltou a ser operário, com Kannemann soberano. Competiu. E, por isso, abriu vantagem na semifinal da Copa do Brasil.