Não foi uma atuação terrível do Grêmio, escalado com o que tinha de melhor à disposição. O resultado, sim. Este foi ruim. É péssimo empatar em 1 a 1 com um inimigo de nível mediano, do jeito que está o time de Renato Portaluppi na tabela, com muitos pontos perdidos.
O Fortaleza é muito bem organizado por Rogério Ceni. O Flamengo suou para ganhar de 2 a 1 do Fortaleza. O Corinthians não venceu. São sempre jogos duros.
Sei disso. O problema é que o Grêmio vai, rodada após rodada, mesmo na Arena, perdendo a hegemonia e o controle das partidas. Os jogos estão ficando equilibrados contra qualquer um.
Não tem mais aquele massacre de posse de bola que resultava em situações de gol em série. Você olhava o campo e, pelo andar da carruagem, sabia que cedo ou tarde a vitória viria. No primeiro tempo, o Fortaleza trocou passes com facilidade além da conta.
Everton e Alisson não foram operários sem a bola pelos lados como Romarinho e Oswaldo, pelo lado cearense. E foi pelo lados que o Fortaleza incomodou e até construiu o seu gol, a partir de uma bola parada.
No intervalo, Renato ajustou essa marcação e fez substituições que colocaram o time à frente: Robinho, na vaga de Maicon, que sentiu. E Luiz Fernando. Tirou Isaque, que não estava em tarde boa, centralizando Alisson.
Até Guilherme Azevedo, atacante cotado para a seleção sub-20, apareceu de lateral-direito. O Grêmio cresceu. Criou por baixo, mesmo novamente exagerando nos cruzamentos. Nada assim espetacular, em boa parte no volume, mas ao menos finalizou.
Só que estamos diante de um fato: o Grêmio não mete mais medo com antes. Nem na Arena. Sport e Fortaleza encaram o Grêmio sem problemas. O Atlético-GO, em Goiânia, fica mais tempo com a bola.
Na final do Gauchão, quase o Caxias ganha com escore e impede o tricampeonato, que veio graças ao 2 a 0 no Centenário. E o Caxias, com todo o respeito ao belo trabalho realizado pelo clube e o Rafael Lacerda, eleito o melhor técnico do Gauchão, é da Série D. Foi um sufoco.
O Grêmio tem de recuperar a sua identidade. Ou cedo dirá adeus a qualquer chance de título brasileiro.