O Grêmio fez bem ao ir atrás de Diogo Barbosa. Tivesse contratado um jogador apenas para compor o grupo, seria um erro. Aí trancaria a passagem de Guilherme Guedes, que foi muito útil no Gauchão e agora se encontra lesionado.
Mas Diogo Barbosa repõe Caio Henrique, que teve de voltar para a Europa e já foi do Atletico, de Madrid, para o Monaco, da França. Bruno Cortez é um lateral defensivo e de força. Aos 33 anos, a tendência é perder o ímpeto e, assim, sua maior virtude para o time.
Diogo exibe cruzamentos com mais qualidade. Vai ao fundo e consegue colocar a bola na área em melhores condições. Agora o Grêmio tem Diego Souza, bom cabeceador. Contra Sport e Atlético-GO, antes da vitória sobre o Bahia, foram 77 bolas na área e nenhum gol.
Não que o Grêmio deva abusar do jogo aéreo. Ao contrário. Deve perseguir o seu modelo, que é o da bola no chão e troca de passes em progressão. Mas, quando chegar em condições de cruzar, a qualidade é essencial. Quantos gols o Grêmio a partir de cruzamentos de Cortez? E quantos gols ele mesmo, Cortez, fez em três anos de clube?
Com Victor Ferraz e Diogo Barbosa nas laterais, o time de Renato ganha bom repertório pelos lados. No caso do lado esquerdo, sem Cebolinha, que resolvia tudo sozinho na parte ofensiva, é fundamental alguém que dialogue com Pepê, para não deixá-lo sozinho. A expectativa é de que Diogo Barbosa seja essa peça.