Foi a vitória da organização. O Inter não se classificou para a última etapa antes da fase de grupos pelo drible ou jogadas de efeito, apesar do 2 a 0 chegar com Marcos Guilherme fazendo justamente isso, no segundo gol. E nem podia. A escalação original tinha poucos jogadores de criação e finalização.
Nesse sentido, a lesão de Patrick logo cedo ajudou muito. Boschilia é meia atacante. É mais agudo e lúcido, como se viu no gol feito por ele mesmo, a 42 do primeiro tempo. A sua entrada aliviou D'Alessandro na tarefas de criação. Em algum momento, lá na frente, para voos maiores, o Inter terá de trabalhar estas virtudes essenciais.
Mas organização tática é ótima notícia, do ponto de vista coletivo, ainda mais em começo de ano. O 2 a 0 sobre a La U se deu com muito mais posse de bola (67%) e finalizações (8 a 2), povoando o campo adversário e marcando alto. Lomba não fez nenhuma defesa. O gol de Boschilia, a 42 minutos do primeiro tempo, nasce de um mantra de Eduardo Coudet, que é a pressão em cima de quem está com a bola por parte do adversário. O Inter está classificado.
Tem muito a evoluir e acrescentar em termos de peças, mas quando a vaga se dá com a parte tática tão definida, o primeiro gol oriundo de um mantra do argentino, aí é justo dizer que a vaga tem assinatura: Coudet, o técnico.