A remontagem colorada, com filosofia e técnicos novos, é mais óbvia. Normal nos ocuparmos mais dela. Mas o Grêmio, mesmo com ideia de jogo e técnico mantidos pelo quinto ano seguido (Renato Portaluppi chegou com 2016 em pleno andamento), também está sendo recriado.
Poucos, talvez ninguém, falam do Grêmio nestes termos, mas em termos de escalação é um novo time. As mudanças podem não ser tão profundas pelos alicerces da estrutura, que seguem incólumes, mas ainda assim são mudanças.
O goleiro Vanderlei, os dois laterais (Victor Ferraz se adonou da posição, e Caio Henrique fatalmente será titular), Diego Souza lá na frente e o armador clássico Thiago Neves são recém chegados.
Cinco novidades entre 11 titulares possíveis. Seis, se contarmos Lucas Silva, que aquece o lugar para Matheus Henrique, grande reforço para o Gre-Nal de sábado, valendo vaga na final do primeiro turno do Gauchão.
O entrosamento não virá por osmose. Levará algum tempo. É um começo de temporada que nada tem a ver com os anteriores. A mudança de fotografia é a mais profunda da terceira Era Renato. Sim, o Grêmio está sendo remontando, ainda que em cima de bases já firmadas em termos de conceito de jogo. Eis algo que ainda não se disse, creio, deste Grêmio de 2020.