O Grêmio não pode reclamar de nada. Perdeu duas vezes para o Caxias, na Arena, por 2 a 0, e neste sábado (22), no Centenário, por 1 a 0. Não conseguiu fazer um gol sequer na melhor defesa do campeonato.
A final teve um Grêmio com mais posse de bola, porém menos efetivo do que o Caxias. O time do técnico Lacerda é equilibrado. Jogo pelos dois lados, com os laterais Ivan e Bruno Ré. Gilmar, na frente, deu show. Segurou Paulo Miranda e David Braz, fazendo a parede.
O Caxias se defendeu com linhas de quatro e até cinco jogadores, já que Diogo Oliveira recuava para marcar, mas nunca abriu mão do contra-ataque organizado, levando a bola até a linha de fundo ou perto de Vanderlei para buscar o jogo aéreo. O goleiro do Grêmio, aliás, foi o melhor em campo da equipe de Renato, com dois milagres na segunda etapa, quando o Caxias veio para cima com coragem.
No Grêmio, o meio-campo do Gre-Nal fracassou. Bem marcados, Maicon e Matheus Henrique não criaram. O jogo ficou lateralizado, sem profundidade, com raras chances de gol. Pitol trabalhou pouco.
De novo, Renato foi traído por Thiago Neves. Quando Renato tirou Lucas Silva e voltou ao 4-2-3-1, o meio tricolor sumiu. E o Caxias cresceu. A saída de Maicon em nome de Luciano piorou o time.
Renato errou em não apostar em Pepê, deixando-o no banco e dando chance a Luciano. Seria o último cartucho, mas Renato falhou.
Agora, o Grêmio vai para a Libertadores pressionado, tendo também de fazer sua vida no segundo turno do Gauchão. O Interior já está na final. Porto Alegre, não.