A contagem regressiva para a saída de Roberto Melo começou em Alagoas, pós-derrota para o CSA. Sua entrevista tornou impossível voltar atrás na demissão de Odair Hellmann. A pressão, a partir da queda livre com Zé Ricardo, ficou insustentável. Ninguém vai admitir oficialmente, mas Rodrigo Caetano foi contra a troca de Odair faltando 12 jogos para terminar o ano. Marcelo Medeiros também.
A ruptura proposta por Melo de fato era necessária. Eduardo Coudet chegou a ser cotado até para treinar a seleção argentina. É uma escolha sua: é preciso reconhecer, assim como o processo que tirou o Inter do fundo do poço e o tornou de novo protagonista. O problema foi bancar a saída de Odair imediatamente, sem saber quem viria no lugar, como se ele fosse o único culpado. O vestiário não recebeu bem, ainda que as atuações pós-Copa do Brasil já sinalizassem apatia.
Zé Ricardo (sugestão de Rodrigo: após se curvar à saída de Odair, o mínimo era indicar o tampão) não trouxe o fato novo. O que Melo, como chefe do futebol, projetou para a reta final não aconteceu. Medeiros não pode renunciar, é claro. Demitir Zé Ricardo seria patético. Afastar jogadores, faltando três jogos para definir 2020, muito menos. Só um poderia sair em nome de uma última tentativa de afetar o vestiário para melhor, e Melo se apresentou. A derrota na final da Copa do Brasil parece interminável para o Inter em 2019.