Torcedores agora se acham no direito de invadir treinos. Foi assim no Fluminense, antes da vitória sobre os reservas do Grêmio.
E no Botafogo. No São Paulo então, nem se fala. E no Palmeiras. Agora é a vez do Cruzeiro, que vive a maior crise institucional de sua história.
Mas, no caso da Toca da Raposa, tem um detalhe que ninguém aborda. Por que as organizadas só cobram dos jogadores e do técnico, e não dos cartolas?
No vídeo da invasão, vê-se integrantes da Máfia Azul, acusada de receber dinheiro da direção, por sua vez investigada pela Polícia por irregularidades. Um dirigente da Máfia apareceu na folha de pagamentos do Cruzeiro.
A Máfia Azul fez parte dos desmandos que colocaram o Cruzeiro no buraco, portanto, pelo que informam os noticiários mineiros. É culpada, também, pela situação toda.
Os clubes, de olho na influência política dessas torcidas organizadas junto aos sócios, nos períodos eleitorais, também têm culpa no cartório. E os jogadores.
Na hora dos memes e da corneta do momento bom, compartilham tudo das organizadas nas redes sociais, para se cacifarem. Alguns até vão à eventos, tiram fotos e usam bonés da torcida.
O problema de alimentar o monstro é o risco de ser devorado por ele depois.