O Palmeiras é o milésimo exemplo de como são perigosas as sentenças definitivas, quase sempre embaladas para servir às mais diversas teses, da falta de emoção dos pontos corridos a uma suposta hegemonia continental.
De campeão brasileiro com 20 rodadas de antecedência, alvo de um imaginário fair-play financeiro para não ser o papa-títulos da década, condenando a plebe a sobreviver das migalhas de seu banquete, agora é o perdedor do ano.
As metas principais, Libertadores e Copa do Brasil, se foram para times montados com um terço (menos, talvez) do que investiu em reforços. O campeão paulista deste ano, é bom lembrar, foi o Corinthians. E pode piorar ainda mais.
Há chance de bater depressão profunda e o Palmeiras perder até o Brasileirão, fechando 2019 de mãos vazias, apesar do elenco milionário, com quantidade de jogadores para formar dois times, no mínimo.
Mais terrível do que isso, para o Palmeiras, só ficar fora do G-4 e ter de disputar as fases eliminatórias da Libertadores. A vida verde não anda boa nos mata-matas. Ser o único grande clube paulista sem Mundial virou trauma medonha no Allianz Parque. Não será fácil aturar mais um ano de corneta.