Com atuações espetaculares de Geromel e Kannemann, que impediram um Palmeiras sem repertório de se aproximar da área de todas as maneiras, e do genial Cebolinha, o Grêmio conseguiu. Venceu por 2 a 1 em pleno Pacaembu e está na semifinal da Libertadores, com dupla virada. No jogo e no confronto, pois havia perdido em casa.
O primeiro tempo lembrou os anos 1990. As teorias foram para o espaço. O nervosismo e a adrenalina tisnaram a lucidez. O Palmeiras, em vez de esperar, pressionou em razão dos erros de passe do Grêmio. Abriu o placar a 13 minutos, com Luiz Adriano, numa falha de Paulo Victor. Tudo parecia liquidado cedo, somando o 1 a 0 na Arena.
Mas o Grêmio é um time que nunca deixa de atacar. É o DNA de Renato. Cebolinha logo empatou em lance de bola parada, numa cobrança açucarada de Alisson. Dessa vez, erro de Weverton. Cinco minuto depois, o talento. Everton entrou na área a drible no meio de cinco defensores, sozinho, feito um desbravador, até a bola sobrar para Alisson. Era a virada, em cinco minutos.
Mas o Grêmio não retinha a bola. O Palmeiras perdeu duas chances inacreditáveis, com Willian, na pequena área. Uma delas na trave. O jogo ficou aberto. Exposto. Franco. Felipão voltou do intervalo com Deyverson no lugar de Willian. Apostou só na força aérea. O Grêmio, que já tinha Rômulo (Maicon saiu lesionado), perdeu dinâmica. E a bola. O Palmeiras pressionou no volume. Os papéis se inverteram totalmente. O Palmeiras é que tinha a bola, sem entrar na área, enquanto o Grêmio subia só nos contra-golpes, a essa altura já com Pepê no lugar André.
Não duvidem deste Grêmio de Renato.