O cenário anunciado aconteceu. Um Cruzeiro nervoso, errando passes, abusando da bola aérea e sem criação alguma, foi cozinhado em banho maria pela inteligência do Inter até o gol do incansável e eficiente Edenilson, o volante faz-tudo que pisa na área.
A vitória por 1 a 0 foi justa. O time mineiro teve posse de bola, mas chance clara mesmo, que obrigasse Lomba a operar milagres, nenhuma. Enquanto isso, a partir da entrada de Wellington Silva no lugar de Nico López, na segunda etapa, Odair Hellmann soube perceber o cansaço do Cruzeiro, que vem usando titulares seguidamente.
Outro mérito do técnico: a estratégia de ir com reservas no Brasileirão ajudou ontem. Descansou contra o Fluminense, enquanto o Cruzeiro foi com tudo diante do Galo. A escolha surpreendente de Sobis, e não Nonato, no lugar de D’Ale, foi um acerto.
Falei antes, no Sala, é só por isso repito agora. Ele era o mais perto, em característica, do camisa 10. Guerrero não tocou na bola, pela demora do Inter em avançar linhas. Mas quando o fez, cobrando falta, foi decisivo.
O jogo, em si, não teve muita qualidade, com erros de passe, mas a maturidade e inteligência foram todas do Inter. Que está muito perto da final da Copa do Brasil.