Além da gestão no futebol, com remodelação das categorias de base e garimpagem em centros menores para finalizar a formação na Arena, revelando jogadores que têm dado rendimento técnico e financeiro, o Grêmio vai bem no quadro social.
O número de sócios ativos, que pagam em dia, habita a casa dos 90 mil. A receita anual projetada oscila entre
R$ 75 milhões e R$ 80 milhões. Muitos quitam atrasos no fim do ano, conforme a resposta do time. Outros deixam acumular e pagam ali adiante, após 90 dias. Fazendo uma média conservadora, por baixo: R$ 6,2 milhões ao mês de receita com sócios.
Se o Grêmio, enfim, comprar a gestão da Arena, o número de sócios saltará. Haverá euforia da torcida, que responderá imediatamente. Pode até haver um refluxo lá adiante, quando a febre da novidade passar, mas ainda assim o resíduo será relevante.
Quando puder mandar e desmandar na Arena como nos tempos do Olímpico, o Grêmio criará e organizará melhor suas campanhas de associação, com margem de ação maior. Isso sem falar nas rendas dos jogos, que hoje ficam para a Arena Porto Alegrense.
É a tal sensação de "pertencimento" do torcedor em relação ao seu estádio, como ensinam os especialistas. Episódios como o do gramado volta e meia em más condições, desta vez com críticas de Messi, Suárez e Renato Portaluppi, reforçam a importância da compra da gestão. O Grêmio está de mãos atadas. Não tem culpa de nada. Só pode cobrar melhorias da administradora da Arena.
A compra da gestão é o sonho do presidente Romildo Bolzan, que não desiste de resolver essa intrincada e complexa, porém fundamental, equação.