De 2010 para cá, somente uma vez o campeão do Brasileirão não estava entre os cinco primeiros após a 10ª rodada. Foi o Corinthians, que em 2015 ocupava o 6º lugar ao final da primeira dezena de jogos. Uma exceção para confirmar a regra. Em cinco das últimas nove edições, quem ergueu a taça em dezembro fechou as 10 rodadas iniciais na ponta.
É a velha história dos pontos corridos: é uma final atrás da outra, no sentido de todas as partidas terem o mesmo valor matemático. Todo mundo sabe, mas parece entrar por um ouvido e sair pelo outro, quando se olha uma tabela com intermináveis 38 partidas.
A pausa antes da Copa América se dará na 9ª rodada, na próxima quarta-feira. Ficará faltando uma para o recorte cabalístico. Dados estatísticos não são um fim em si mesmo, mas têm o dom de relevar um padrão. Se este padrão vai se repetir é outro papo, mas vale como reflexão.
Trago este elemento para reforçar a importância de jogos aparentemente corriqueiros e aborrecidos como estes: o Inter, nesta sexta-feira, em São Januário, contra o Vasco. O Grêmio, sábado, diante do Fortaleza, no Estádio Centenário. É muito o que está em disputa, portanto, embora não pareça. Talvez até o título.