O Grêmio foi guerreiro no segundo tempo, mas pagou por erros que se repetem no Brasileirão. O meio-campo marca menos do que nos bons tempos, nem tão distantes assim. E, assim, sobrecarrega os zagueiros. Quando, como diante do Ceará, tem desfalques de criação (Luan, Jean Pyerre, Tardelli, Maicon), tudo fica ainda pior.
O Grêmio terminou o jogo na pressão, com mais posse de bola e muitas finalizações, mas a verdade é que o roteiro do Castelão, na derrota tricolor por 2 a 1, foi assinado pelo Ceará: pressionou nos 20 minutos iniciais, obrigando o Grêmio a dar balão, inclusive. Com o placar, recuou e apostou no contra-ataque.
Faltou lucidez
O Ceará é bem pior do que o Grêmio, mesmo misto. Qual a surpresa em agir assim, mesmo em casa? A questão não é estar no Z-4. É claro que o Grêmio, logo ali adiante, sairá da zona desconfortável. Não lutará só para não cair.
O problema é o Palmeiras abrindo 11 pontos de vantagem. Como vai ser quando vierem confrontos pesados de Copa do Brasil e Libertadores, que exige reservas no Brasileirão? Este é o ponto.
A chance de título vai ficando distante cedo demais, na quinta rodada. No segundo tempo, a pressão foi no volume, cruzamento, muitos atacantes do em campo. Garra, sim. Mas sem a lucidez ofensiva que sempre foi a marca do Grêmio vencedor de Renato.