Ouvi, aqui e ali, que Nico López perdeu brilhatura com a chegada de Paolo Guerrero. Antes, o matador era ele. O time o procurava sempre. Agora, não mais. O que é normal. Natural a preferência pelo peruano, um centroavante nato que, de três bolas recebidas, termina uma nas redes. Tem sido assim nesta largada de Guerrero no Inter.
Mas é injustiça espessa não reconhecer a importância coletiva do uruguaio Nico López, mesmo que ele passe um período de jejum, sem fazer gols. Ou marcando menos gols.
É a sua recomposição pelo corredor que permite a D'Alessandro ter menos obrigações operárias na hora de o Inter se defender. Nico desce para formar linha com Edenilson, Dourado e Patrick.
D'Alessandro e Guerrero ficam lá na frente. Foi assim contra o Flamengo.
No Gre-Nal do Beira-Rio, o Inter reassume o controle do clássico, que termina empatado, quando ele muda de lado para ajudar a segurar Cortez e Everton. Acusado de peladeiro e quase mandado embora a pedido de um dos antecessores do atual técnico, Nico recebeu o apoio de Rodrigo Caetano. Reinventou-se.
Este novo Nico López, mais tático, é tão importante para o time quanto o goleador. O torcedor tem de tem estar percepção para não cometer injustiças.