Um novo Inter, com mais repertório ofensivo, venceu o Paysandu por 3 a 1, no Beira-Rio, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Como não há mais gol qualificado, pode-se dizer que o time de Odair Hellmann está quase classificado por antecipação.
É uma versão diferente do Inter do ano passado porque, com D'Alessandro e Nonato, outros jogadores, como Edenilson e até Nico López, se adaptaram a eles em nome de uma construção ofensiva mais dinâmica e de toques curtos. Um Inter mais envolvente, com Paolo Guerrero contabilizando sete gols em 10 partidas na temporada. O peruano já é o artilheiro colorado em 2019.
PARA ONDE, GRÊMIO? – O resultado de 0 a 0 com o Juventude foi bom. Como gol marcado fora de casa deixou de ser critério de desempate na Copa do Brasil, não há riscos além da conta se o time de Caxias do Sul "achar " um gol na Arena.
O problema foi a atuação comum, nada a ver com aquele Grêmio de Renato, capaz de criar dezenas de situações de gol de todas as maneiras, à base de muita movimentação e passes certos. Foram 21 cruzamentos para a área, prova da falta de criatividade. O Grêmio vai se classificar para as quartas da Copa do Brasil, mas a questão é até onde pode ir, caso não volte a jogar como antes.
DESNÍVEL DE CENTROAVANTES – Em 23 jogos na temporada 2019, André soma três gols. Paolo Guerrero mandou a bola para as redes sete vezes em tão somente 10 partidas. Um é jovem e vinha atuando normalmente, com todo o ritmo possível. O outro é veterano e vinha de um ano sem nem treinar, por conta da punição por doping.
Tomando por base a minutagem do peruano, que nem sempre fica em campo o tempo todo, o tempo dele com a camisa do Inter é igual a oito jogos. Parece a história do ovo e da galinha. O que vem antes? O time ajustado facilita a vida do centroavante ou é o contrário, com o camisa 9 fazendo a roda do ataque girar? A resposta é: as duas alternativas estão corretas, para o bem (Guerrero) e para o mal (André).