O retorno de Nico López, que volta de suspensão, permite ao Inter repetir, contra o Novo Hamburgo, a dupla que, com Rafael Sobis, mostrou afinação de maestro e violino spalla, diante do Alianza Lima. A ideia é resultante de um enredo muito claro. Vamos recapitular.
Quando o rendimento não vinha no Gauchão, e a Libertadores se aproximava perigosamente, Odair Helmann decidiu recomeçar. Parou. Pensou. Voltou uma casa no tabuleiro. Reviveu o tripé de volantes que levou o Inter à elite sul-americana, através do G-4 do Brasileirão. O sistema defensivo melhorou na hora, quase de forma instantânea.
Ficou faltando a outra parte, que se tornou problema na reta final de 2018: a lucidez criativa.
Sem o armador clássico em nome do tripé, e para não abrir mão dos extremas, Odair bolou a dupla Rafael Sobis e Nico López. Eles se revezam. Ora flutuam pela faixa central, ora caem pelos lados, abrindo espaços.
É como se fossem dublês de armadores. Somados, contra os peruanos, eles funcionaram bem. O time pareceu mais equilibrado. A linha defensiva adversária mais baixa se atrapalha. Não raro até se desmonta com esse movimentação. sem saber a quem acompanhar.
Sobis e Nico repetirão o filme de sucesso exibido diante dos peruanos nas armadilhas do mata-mata? Se a resposta for sim, o Inter pode estar resolvendo um problema que, sem solução, não o levará a lugar algum: a transição/armação.