Pedi socorro ao amigo e editor de esportes do El Mercurio, de Santiago, um dos maiores jornais do continente: Claudio Herrera. O auge foi em 1978. Elias Figueroa deixou a braçadeira do Beira-Rio, em 1977, para encerrar a carreira erguendo troféu de campeão chileno em seu país, por um pequeno clube fundado por árabes.
O time que enfrentará o Inter representa um segundo momento nessa linha do tempo, mas sem igual brilho. Se ganhou a Copa do Chile, no mata-mata, entrando no qualificatório da Libertadores, escapou do rebaixamento com as calças na mão nos pontos corridos, graças a chegada do técnico Ivo Basay, definido como homem simples, mas de boa relação com os jogadores. Chegar à fase de grupos já é título para o Palestino.
Quais são os expoentes do Palestino? O armador Luis Jiménez (34 anos) fez carreira na Itália e mundo árabe. Chamam-no de "El Mago". É o grande nome. Ele sentiu lesão contra o Talleres, após fazer o gol da vitória por 2 a 1. Roberto Gutiérrez (35) é camisa 9 rodado, cigano, capaz de fazer a clássica parede. Não se mexe muito.
Agustín Farías é o volante argentino que dá carrinho e briga até com urso polar, se preciso for. O lateral direito Guillermo Soto é a revelação. Formado por jogadores de nível médio, o Palestino vai para a fase de grupos como franco atirador. O que vier é lucro.