A SportsValue, especializada em marketing e avaliação de marcas, analisou ligas com maior faturamento global em dias de jogo nos estádios em 2018, somando ingressos e serviços.
Os Estados Unidos fazem o futebol parecer comércio de quitanda: beisebol (MLB, US$ 2,2 bilhões), futebol americano (NFL, US$ 1,4 bilhão), hóquei sobre o gelo (NHL, US$ 1,08 bilhão) e basquete (NBA, US$ 1,01 bilhão).
O nobre esporte bretão aparece em quinto, com o Campeonato Inglês: US$ 718 milhões. A nossa Série A é 10º lugar no geral (US$ 200 milhões) e sexto no futebol, à frente dos US$ 182 milhões da França e pouco atrás dos US$ 217 milhões da Itália.
O Brasileirão vai bem na lista da SportsValue, certo? Errado. A Itália opera em crise há anos. A França não se estabelece como relevante na Europa, nem com as cascatas de euros dos bilionários do Catar no PSG.
Este sexto lugar é engana-bobo, ainda mais levando-se em conta os clubes de massa, em número maior por aqui. São milhões de torcedores apartados dos nossos estádios. Como a taxa de ocupação brasileira é a mais baixa da pesquisa (43%), há espaço para crescer.
Mas só em tese: como transformar teoria em prática se o ingresso é caro, o salário mínimo é insuficiente e a renda do trabalhador é cada vez menor? O futebol, Grêmio e Inter incluídos, tem de pensar nisso. Tanto em como baratear preços dentro do possível quanto em utilizar melhor o matchday, dia do jogo, para faturar mais. A Libertadores vem aí. Atrativos de campo não faltarão.