Apesar da queda de rendimento no segundo turno, a campanha do Inter ainda é consistente. São meses habitando o G-4. É esta longa regularidade que ainda deixa o time em boa condição de assegurar vaga direta na Libertadores.
Ganhar do Fluminense, mesmo longe daquele momento da série invicta de 11 jogos, não exige epopeia. Mapeado pelos adversários – venho alertando para isso desde antes da virada do turno –, faltou qualidade técnica para sair das armadilhas. É o caso de Patrick e Iago, o lado esquerdo que antes era a joia da coroa.
Alerta vermelho
Para voos maiores, as carências de elenco do Inter gritam. Um só exemplo, a título de ilustração. Emerson Santos, que permitiu a antecipação no gol da vitória do Galo, já tinha feito até contra este ano. Ele é muito menos do que Moledo e Cuesta. Da segunda ou terceira opção na zaga até se poderia aceitar diferença tão grande, mas nunca do reserva imediato em um grande clube.
É algo a corrigir para 2019, quando a exigência será disputar para ganhar. Em um mata-mata de Libertadores, uma lacuna dessas no elenco pode liquidar com um ano todo de trabalho.
Para as rodadas finais, o essencial para o Inter não sofrer é retomar a intensidade que o fazia jogar 90 minutos, e não só meia hora na segunda etapa. Para um time operário feito o Inter, isso é mortal. Odair Hellmann sabe disso.