O mundo novo de provas incontestáveis das redes sociais é mesmo um assombro. Cada foto, talvez com alguma boa edição e manipulação de imagem, parece mesmo uma denúncia bombástica. É o caso do polêmico primeiro gol do River Plate, na derrota gremista de 2 a 1 que eliminou o time de Renato da final da Libertadores.
Isso, vale dizer, se o departamento jurídico do Grêmio não conseguir reverter os pontos no julgamento do Caso Gallardo, sexta (2), em Assunção, na sede da Conmebol.
Aí a eliminação vira final contra o Boca Juniors, que eliminou o Palmeiras sem dificuldades com 4 a 2 no placar agregado (2 a 0 na Bombonera e 2 a 2 no Allianz Parque).
Bem, mas desde terça-feira, quando terminou o polêmico jogo na Arena, já recebi imagens definitivas que mostram os seguintes cenários sobre o mesmíssimo lance, chamado por Borré, de brincadeira, de "La Mano de Diós".
1) Mão de Borré;
2) Falta de Pratto, que empurra Michel;
3) Gol contra de Jael, com o bico da chuteira;
4) Pênalti de Jael em Borré, que leva chute no sovaco.
Nas alternativas 1 a 2, postagens de gremistas. Opções 2 e 3, de colorados. A busca da verdade que se dane. A defesa de uma parte é sempre mais importante. Se você concorda, é isento. Se discorda, é parcial. Se pondera alguma dúvida, em algum momento anterior ao lance em sim, tentando entender a foto, apanha de todos.
É o nosso admirável mundo novo, reforçado pelo hospício pós-eleitoral que, em alguns casos mais preocupantes, exibe pais pedindo expulsão sumária de professores e confisco de livros. Crime do professor: não proibir a liberdade de expressão dos alunos no mais nobre ambiente de circulação de ideias que pode existir, a favor ou contra o presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Dias difíceis.
Mas a temperatura vai baixar, e ficaremos todos em paz.
Sou um otimista.