Sem Maicon e Ramiro, o Grêmio sentiu o desentrosamento durante cerca de 25 minutos. O Tucumán, de sangue doce, com uma torcida que nem se importou com a derrota na Argentina, tal o orgulho de chegar às quartas de final, fez da leveza a sua arma. Jogou por dentro, justamente onde o tripé Cícero, Matheus Henrique e Thaciano marcava de longe. Criou chances, finalizou. Achou que dava, mas na verdade nunca deu.
Atirou-se à frente, e isso foi o seu fim. Deu espaço, sobretudo pelo lado esquerdo de defesa, por onde o veterano Léo Moura se fartou. Depois foi a vez do novo modelo, com dois extremas (Alisson e Everton), mostrar sua cara letal. A cada retomada de bola, os dois eram acionados. O pênalti convertido por Cícero nasce assim, numa arrancada de Alisson.
Vitória madura, goleada de 4 a 0, de um time que não se apavora quando aparentemente as coisas não saem como na teoria. O Grêmio tem confiança, e isso é tudo no futebol.
E o VAR? Para o Grêmio, ele é tetra, expulsando argentinos do Independiente (duas vezes) e Tucumán (duas). Nesta terça, foi o goleiro. Com um a mais no segundo tempo, virou rachão. A semifinal será de grife, contra o River Plate, um inimigo pesado e denso. Entre o Grêmio e o tetra, quatro jogos no meio do caminho.