Melhor do que o resultado, só a atuação do Inter. Ganhar de 3 a 1 no crime, como se diz, seria bom por uma rodada. Mas e depois? Ganhar sem jogar bem é como chuva de verão. Logo ali adiante acaba. O sonho do título só está vivo porque o São Paulo foi batido de forma inapelável.
Tirando o gol paulista logo a dois minutos, só deu Inter. O time de Odair Hellmann voltou a exibir aqueles princípios do primeiro turno: compactação, marcação dobrada, intensidade e foco até o último segundo, o que explica o gol de pênalti no finzinho, de Nico López, como já ocorrera diante de Vitória, Corinthians e Paraná. Isso tudo mesmo antes da lesão de Pottker e da entrada iluminada de Leandro Damião no jogo.
Com a maturidade e a confiança que pareciam desaparecido, o Inter enfiou resultado goela abaixo do São Paulo. A entrada de D'Alessandro era mesmo o ajuste que faltava para retomar a qualidade na transição. À frente do marcador, o São Paulo se fechou. Com Patrick e Edenilson retomando a dupla de volantes apoiadores, D’Alessandro teve liberdade criativa. A atuação coletiva indica reversão na queda de rendimento, esse é o ponto.
Patrick, que vinha mal, recuperou-se, assim como o próprio Nico López. E se Leandro Damião se transformar em definitivo no que se esperava de Paolo Guerrero, marcando gols como os dois deste domingo, além de sofrer o pênalti convertido por Nico, o Inter pode perseguir um Palmeiras envolvido com Libertadores.
E se esse 3 a 1 tiver sido a vitória do renascimento colorado no campeonato, quem sabe freando uma tendência de atuações ruins?