Segundo o Relatório Anual da Discriminação Racial no Futebol, em 2017 o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou pela primeira vez um caso de homofobia. O resultado absolveu o Paysandu, do Pará, clube que foi acusado.
A denúncia foi baseada em confusão registrada logo após uma partida disputada em 30 de junho de 2017, diante do Luverdense, quando torcedores do clube paraense foram tirar satisfações com membros da organizada Alma Celeste, que faz campanha contra a homofobia.
Gritos homofóbicos seguem acontecendo em diversos estádios, sem ação da CBF ou da Justiça Desportiva. O trabalho do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, liderado pelo gaúcho Marcelo Carvalho, tornou-se referência nacional na luta contra o preconceito no futebol.
Os casos de racismo, conforme o estudo, dobraram de 2014 para 2017, portanto nos últimos quatro anos. O estudo completo, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apontará crescimento assustador dos casos de racismo no cenário de nosso futebol, de um ano para outro. Será lançado em breve, com olhares mais abrangentes quanto ao preconceito, incluindo LGBTfobia, homofobia e xenofobia.