Há vários olhares para o empate do Inter contra os reservas do Palmeiras. Um deles é a ausência de gols. O time de Felipão vinha de oito jogos sem vazar. O Inter, de cinco. Só podia dar 0 a 0. O outro olhar é o da decepção por não ganhar em casa, já que líder São Paulo ganhou. O terceiro, que me parece próximo do mundo real, é esquecer um tanto o futuro e observar o presente.
O agora do Inter é um segundo lugar, com folga superior a 10 pontos para G-6 e cinco para G-4. Emplacar seis vitórias seguidas seria fora da curva. O que não impede Odair Hellmann de se debruçar sobre um problema: a dificuldade na transição, que ainda carece de soluções para produzir a jogada de ataque.
Não fossem duas finalizações sem perigo após os 40 minutos do primeiro tempo, o Inter iria para o intervalo com zero de conclusões. Só a partir das entradas de Camilo e D'Alessandro, saindo Rossi e Zeca, a construção aconteceu. Odair justificou D'Ale por só 15 minutos por questões físicas. É a única explicação para ele entrar depois de Camilo, com a necessidade de mais qualidade na posse de bola, caso deste domingo.
Outra questão: o Palmeiras marcou fortemente Patrick e Edenilson. Por habitar o alto, o Inter agora é analisado com especial atenção. Esse é o recado do empate: há que ser ter antídotos, pois a tendência é os adversários enfrentarem o Inter muito mais atentos, ávidos pelo troféu de tirar-lhe uma lasquinha.